quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

APREENDENDO COM AS QUEDAS




Porque nos lamentamos tanto
Quando temos uma decepção
Quando perdemos e erramos
Se o mundo não termina muda apenas de direcção!

Precisamos tirar partido dos nossos erros
Porque se tudo fosse correcto e sem falhas
Não teríamos consciência para sair
Fora das nossas próprias muralhas!

As quedas fazem parte da vida
Do aluno que está em aprendizagem
Mas elas doem-nos no orgulho
Quando vão mais pessoas na mesma viagem!

Mas humilhante não é cair
Humilhante é estar no chão caindo
E não se ser capaz de levantar
Enquanto a vida lá fora seu caminho continua seguindo!

O problema é que julgamos o Mundo
Com nosso próprio olhar
Quando existem bilhões de olhares diferentes
Com visões diferentes para o narrar!

Não está obrigatoriamente errado
Todo aquele que pensa diferente
E ninguém está totalmente certo
Quando cada um é livre de tirar as suas conclusões daquilo que vê e sente!

Por vezes acertamos
E outras muitas outras erramos
Somos normais assim
Mas nunca nos interrogamos!

E se eu estiver errado?
 Nosso “eu” muitas vezes nos faz cegar
Nosso orgulho, nosso ciúme
Até o nosso amor nos faz cegar!

Não vemos o lado do outro
E nem queremos ver
Somos injustos com o outro
E connosco mesmos sem perceber!

Recusamos a oportunidade
De com o outro aprender
E por tanta gente nessa posição se manter
Que desavenças, separações e guerras estão a acontecer!



 Ninguém quer ceder
Todos querem ter razão
De que serve saber tudo
Para depois acabar na solidão!

A vida só vale a pena
Quando pelos outros é partilhada
E não há partilha se não houver um coração
com amor, humildade e generosidade para com os outros ser compartilhada!

Se fechamos nossa alma e coração
Nada mais vai entrar
E sozinhos com a solidão
Não teremos nada para receber ou partilhar!

 Nunca duvide do seu poder
E das forças que o fazem sobreviver
Se duvidar terá o chão
Para sua queda receber!

Aprenda como o apostolo Pedro
Que enquanto acreditou andou sobre o mar
Mas quando perdeu a fé e deixou de acreditar
Sobre as águas já mais conseguiu andar!


Poema de Carly

ANDAR

Não pares de andar
Mesmo quando os atacadores
Que te prendem os sapatos te tentem derrubar
Anda descalço pelo meio das flores
Mas sozinho nunca pares de andar.
Anda em frente
O passado serve para recordar
O que importa é o presente
O chão que estamos a pisar
O futuro esperamos que pela janela entre
Mas anda mesmo descoordenado pela estrada do presente
Não importa a maneira de andar
Importa ser persistente
Não podemos é ficar

Sem dar um passo em frente.

AJUDEM-ME A LEBERTAR

A vida condenou-me
Em poucos meses voltarei
Para o universo infinito
Que um dia deixei!

Meu corpo já não reage
A tanta medicação
Não é mais possível
Viver nesta prisão!

Quero que me recordem

Alegre e sorridente
E que a minha degradação
Não prenda os meus familiares a uma corrente!

Quero libertar-me depressa
Deste cruel sofrimento que me faz chorar
Se sabem que vou partir
Ajudem-me deste sufoco a libertar!

A ciência e a religião
Deveriam de uma forma encontrar
Para todos aqueles que sofrem
Escolherem o caminho melhor para trilhar!

Quero ser uma água
E bem alto voar
E no cimo de um monte mais alto

Poder adormecer e pelo universo deixar-me levar!

Poema de Carly

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

BERÇO DE TERRA







Ódio que duas vidas roubou
rebento que de suas almas ficou
amor que nem a morte roubou
Riqueza que no Mundo ficou
para mostrar que a esperança não abalou
a este menino que o seu ventre a morte arrancou
ele não pediu ao Mundo que na vida o colocou
brinquedos ou outros luxos que a civilização cobiçou
ele apenas quer o aconchego de seus país que a brutalidade matou
está descalço naquele berço de terra ao lado de quem o embalou
ele tem o maior tesouro que aquela família deixou
sua alma é mais potente que as armas que tantas vidas ceifou
para fazer reflectir o mundo de herança esta foto ficou.

A SABEDORIA

A Sabedoria…
é um tesouro escondido
Dentro de uma alma grandiosa
Que a usa quando for preciso.

 Um dia se aprende
a beleza que há num coração leal
Começamos a ver o bem
e a comentar o mal.

Aprende-se que amar
Não significar apoio ter
E que estar em companhia
Segurança também não significa ter.

 Começamos a perceber
Que beijos contractos não são
E que presentes também não serão
Nem promessas que se dão.

Começamos por nossas derrotas aceitar
Com a cabeça erguida e olhar em frente
Com a grandiosidade de um adulto
E não com a tristeza que uma criança inocente.

No hoje aprendemos
As nossas estradas a construir
Porque o terreno do amanhã
Não sabemos se é recto ou a subir.

O futuro tem o costume
De se desmoronar e cair
Devasta nossos planos
Sem licença nos pedir.

Aprendemos que o sol queima
Se muito tempo estivemos sobre ele
Por mais preocupação que tenhamos com o mundo
Muitos nem sequer pensam nele.

Aceitamos que não importa
O quanto é boa uma pessoa
Vemos a maldade solta no Mundo
E quem a semeia coroado com uma coroa.


 Poema de Carly

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ALMA FEITA DE SONHOS





Menino de alma feita de sonhos
Que do nada faz fantasia
De um pau fez um cavalo
Que galopava com mestria.

Cavaleiro sem cavalo
Que outros vê cavalgar
Seu cavalo imaginário
Outro de quatro patas tentou desafiar.

O cavalo de quatro patas
Um menino rico no dorso levava
Rindo do menino pobre
Que no seu cavalo de pau o desafiava.

Seu cavalo de pau
O outro não consegui acompanhar
Seu músculos eram mais frágeis
E a aposta acabou por falhar. 

Perdeu a aposta
Ergueu a cabeça não desistiu
Continuo a cavalgar ao lado
Do cavaleiro verdadeiro que viu.

Em cima do seu cavalo
O menino rico troçava
Das voltas que o menino pobre
Com seu cavalo de pau dava.

Quis livra-se daquele menino pobre
Roubando as rédeas de seu cavalo imaginário
Deixando-o solto e desorientado
Num negro e torturador cenário.

Este é o Mundo que criamos
Uma sociedade que os mais fracos não respeita
Um estereótipo social
Que todo aquele que não se encaixa nele rejeita.

A ilusão de ser grande
Origina confusão
Entre os guerreiros de cavalos de pau
Que vivem de ilusão.

Descalços e sujos
 Pedaços de carne viva
Que sobrevivem do lixo
De uma sociedade exclusiva.



Sociedade que não pára
Um segundo para reflectir
Para pensar na maneira errada
Do novo mundo que está a construir.

Tecnologia  evolui…,
Transformando realidade em ilusão
Vivemos num Mundo artificial
Onde tudo é ficção.

Falamos no chat
Com pessoas que não sabemos quem são
A tecnologia é um cavalo sem pau
Que atrofia a imaginação.

Máquinas e medicação
Que nos prolongam a vida
Vida que depois é deixada
Num corredor de hospital despida.

Deixada como dejectos
Onde só as moscas pousam
Restos de matéria humana
Desfio dos olhares que passam.



A agitação frenética que vive
Este cega sociedade
Não pára um segundo
Para encarar a verdade.

Depois envelhece
 Apercebe-se da realidade
Mas é tarde demais
Para voltar à mocidade.

À memória vem
O menino do cavalo de pau
Que no seu imaginário
Vivia num mundo que não era mau.

Num mundo onde todos se conheciam
Vizinhos eram como irmãos
A chuva que regava os campos
Que eram cultivados pelas mãos.

Ninguém precisava de hospitais
Nem de segurança social
Pais cuidavam dos filhos
que com os velhinhos faziam igual.


Estradas eram caminhos
Que pés percorriam
Transportes eram carroças
Que o mundo não poluíam.

Computador era uma pena
Que muitas histórias contava
Num papel cruzeiro
Que noticias de longe dava.

Era tudo manual
Deste a máquina ao animal
Agora tudo é comandado
Por um qualquer mecanismo virtual.

Saudades do cavalo de pau
Que tantas corridas fazia
Porque a pureza da alma
Num mundo honesto vivia.

Poema de Carly

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A VIDA É COMO SAPATOS

A vida é como sapatos
uns altos outros baixos
aqueles que nos apertam os pés
e os confortáveis que nos tornam mais baixos.

Quando queremos estar no alto
um sapato de salto faz-nos mais elegantes
mas as dores que nos fazem  nos pés
são agulhas cintilantes.

Optamos por sapatos baixos
modelo desportivo
que nos dão estabilidade e conforto
para um dia pleno e activo.

assim nos ensina a vida
em sermos pequeninos
porque é nas coisas simples
que está a inocência de meninos.

Poema de Carly

NÃO DESISTAS DE TI

  Se o dia parece que não termina E a escuridão da noite invade tua alma Deixando a sensação de que já nada interessa Não desesper...